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MSCaosInfinito

A Miguel Skyclad' Caos Infinito é uma pagina criada para dar a conhecer e desmistificar vários trabalhos e maneiras de pensar esotéricas.

Podcast Caos Infinito

Contos de Umbanda • A Verdadeira Historia de Xângo.

16.09.16 | Admin

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Deus do raio, do trovão, da justiça e do fogo Xângo é símbolo do rei Deus em Benin. É o deus do raio e do trovão. Contrariamente a Ogum (Deus dos Ferreiros) que emprega o fogo artificial, Xângo manipula o fogo em estado selvagem, o fogo que os homens não sabem utilizar. É um orixá temido e respeitado, é viril e violento, porém justiceiro. Costuma se dizer que xangô castiga os mentirosos, os ladrões e malfeitores. Seu símbolo principal é o machado de dois gumes e a balança, símbolo da justiça.

Deus do fogo, que pune aos que lhe querem mal com febres e ervas que lhe são atribuídas. Joga sobre os inimigos sua bola de fogo através dos raios, chamadas Edunara (pedra de raio que representa o corpo de Xãngo , seu símbolo por excelência, pela mitologia do elemento procriado por um lado e que irmana SÀNGÓ a Esú por outro lado). Xãngo é o anti símbolo da morte, ele não fica aonde há mortes.

Sua dança preferida é o Alujá, apresentado com toques diferentes, a dança do machado, a dança da guerra. Branda orgulhosamente o seu Oxé (uma de suas armas) e assim, na cadência, faz o gesto de que vai pegar as pedras de raio e lançá-las sobre a terra, demonstrando seu lado atrevido. Em certas festas traz sobre a cabeça uma gamela de madeira, que contém fogo que começa a engolir, revelando a origem de seu fundamento. Oxé, usado na Dança de Xangô.

Tudo que se refere a estudos, a justiça, demandas judiciais, ao direito, contratos, pertencem a X. Ambicioso, chega ao poder destronando seu meio irmão Ajaka. Passa, então, a reinar com autoritarismo e tirania, não admitindo que sua atitudes fossem contestadas, o que possivelmente levou-o a cometer injustiças em suas decisões. Usa o poder do fogo como seu símbolo de respeito. Galante e sedutor, desperta a paixão da divindade Oya(esposa de Ogum), uma de suas três esposas - as outras são Oxum e Obá.

Circulam a seu respeito, às vezes contradições, mas todos são unânimes em reconhecer seu caráter violento e fogoso. Mesmo se ignoradas em seus detalhes constatamos que sua magia profunda consiste em suprir a tempo os acontecimentos que se superpõem, ao invés de desenrolarem-se ao longo tempo linear e irreversível, ao longo de um tempo mensurável. Seu tempo não tem começo e nem fim, é um tempo reversível que supre sua duração.

Xângo pode estar morto no rio e ao mesmo tempo estar vivo diante do rei. Está morto... e morto estar vivo. Nele as oposições existem simultaneamente. Para o ser humano tal situação é ambígua e fora de lógica, dois termos contraditórios excluem um ao outro na sincronia. Na lógica de Xângo os dois coexistem, pois ela é caracterizada pela sincronia e pela inter polaridade. Mortal em seu corpo, imortal em sua essência, o OBA de BENIN é o único soberano de dupla natureza: humana e divina.

"Xangô, como todos os outros Imolè (orixás e Ebora), pode ser descrito sob dois aspectos: histórico e divino."

Como personagem histórico Xangô teria sido o terceiro Aláàfìn Òyó, "Rei de Oyó", filho de Oranian e Torosi, a filha de Elempê, rei dos tapás, aquele que havia firmado uma aliança com Oranian. Xangô cresceu no país de sua mãe, indo instalar-se, mais tarde, em Kòso (Kossô), onde os habitantes não o aceitaram por causa de seu caráter violento e imperioso; mas ele conseguiu, finalmente, impor-se pela força.

Em seguida, acompanhado pelo seu povo, dirigiu-se para Oyó, onde estabeleceu um bairro que recebeu o nome de Kossô. Conservou, assim, seu título de Oba Kòso, que, com o passar do tempo, veio a fazer parte de seus oríkì. Dadá-Ajaká, filho mais velho de Oranian, irmão consanguíneo de Xangô, reinava então em Oyó. Dadá é o nome dado pelos iorubás às crianças cujos cabelos crescem em tufos que se frisam separadamente.

"Ele amava as crianças, a beleza, e as artes; de caráter calmo e pacífico... e não tinha a energia que se exigia de um verdadeiro chefe dessa época".

Xangô o destronou e Dadá-Ajaká exilou-se em Igboho, durante os sete anos de reinado de seu meio-irmão. Teve que se contentar, então, em usar uma coroa feita de búzios, chamada adé de baáyàni. Depois que Xangô deixou Oyó, Dadá-Ajaká voltou a reinar. Em contraste com a primeira vez, ele mostrou-se agora valente e guerreiro, voltou-se contra os parentes da família materna de Xangô, atacando os tapás.

KÁ WÒÓ, KÁ BIYÈ SÍLE : Podemos olhar vossa real majestade.

Xangô, no seu aspecto divino permanece filho de Oranian, divinizado porém, tendo Yamase como mãe e três divindades como esposas: Oya, Oxum e Obá. Xangô é viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores. Por esse motivo, a morte pelo raio é considerada infamante. Da mesma forma, uma casa atingida por um raio é uma casa marcada pela cólera de xangô.

O proprietário deve pagar pesadas multas aos sacerdotes do orixá que vêm procurar nos escombros os èdùn àrá (pedra de raio) lançados por Xangô e profundamente enterrados no local onde o solo foi atingido. Esses èdùn àrá (na realidade, machado neolíticos) são colocados sobre um pilão de madeira esculpida (odó), consagrado a Xangô. Tais pedras são consideradas emanações de Xangô e contém o seu àse (axé), o seu poder.

O sangue dos animais sacrificados é derramado, em parte, sobre suas pedras de raio para manter-lhes a força e o poder. O carneiro, cuja chifrada tem a rapidez do raio, é o animal cujo sacrifício mais lhe convém. Fazendo-lhe também oferendas de amalá, iguaria preparada com farinha de inhame regada com um molho feito com quiabos. É, no entanto, formalmente proibido oferecer-lhe feijões brancos da espécie sèsé. Todas as pessoas que lhe são consagradas estão sujeitas à mesma proibição.

Na Bahia, diz-se que exitem doze Xangôs: Dadá; Oba Afonjá; Obalubé; Ogodô; Oba Kossô; Jakutá; Aganju; Baru; Oranian; Airá Intilé; Airá Igbonam, e Airá Adjaosi. Reina uma certa confusão nessa lista, pois Dadá é irmão de Xangô; Oranian é seu pai, e Aganju, um de seus sucessores. Também na Bahia acredita-se que Ogodô é originário do território Tapá, e que segura dois "oxés" quando dança, sendo o seu èdùn àrá composto de dois gumes.

Os Airá seriam Xangôs muito velhos, sempre vestidos de branco e usando contas azuis (segi) em lugar de corais vermelhos, como os outros Xangôs. Ao que parece, teriam vindo da região de Savê. O que notamos nesse primeiro período yorubano, é que na realidade, o que se fala de Xângo , e a sua história nos Candomblés do Brasil, e de outros acima descritos, é incorreto, levando os fiéis a crer em fatos irreais.

Inicialmente, averiguamos que Odùduwà é um Òrìsà funfun masculino e único, é o pai do povo yorubano e não uma simples "qualidade" de Òrìsànlá ou seja, são divindades totalmente distintas, inclusive, não se suportavam, pelos fatos vistos; e que também Ìyá Olóòkun, é um Òrìsà feminino e a Dona do Mar, portanto da água salgada, é quem governa os oceanos e não o Òrìsà Yemojá, "Senhora do rio Yemojá e do rio Ògùn", divindade de água doce, e muito menos mãe de Ògún e de outros filhos Òrìsà à ela atribuídos. Notar a acentuação diferente no nome do Òrìsà Ògún e do rio, pois são palavras distintas.

Quanto a Sàngó, demonstramos que foi um mortal em sua vida no Àiyé, portanto quando morreu, tornou-se um egún, pois seus pais eram mortais. O que ocorreu em sua vida, foi que uma de suas esposas, e a única que o acompanhou em sua fuga de Oyó, era a divindade Oya, loucamente apaixonada por ele, e no instante de sua morte ela o pega com o seu poder de Òrìsà e o conduz diretamente a Olódùmarè, e por insistência de Oya, Ele o "ressuscita" como uma divindade, já que em vida, Oya, perdida de amores, ensina-lhe vários segredos dos Òrìsà, principalmente o segredo do fogo que pertencia somente a Oya, que ela lhe ensina e lhe dá este poder e outros, por paixão.

Mulheres de Sango : Oxum , Oya e Obá. Mulheres de Sango.

Esta afirmação é facilmente notada, pois Sàngó é a única divindade do panteão que é assentada de forma material completamente diferente, isto é, em madeira, numa gamela sobre um pilão, sua roupa ritual é composta de várias tiras de panos, coloridas e soltas, caindo sobre as pernas, que lembra perfeitamente o tipo de roupa usada pelos Bàbá Egúngún (ancestrais) e seu animal preferido para sacrifício é também o mesmo dos egún, dos mortos comum, o carneiro; existe também outras minúcias, que aqui não cabe mencionar.

Nos Candomblés, citam Ajaká e Aganju como sendo "qualidades" de Sàngó, que agora sabemos isto não é possível, pois, Ajaká é seu meio irmão e Aganju é filho de Dadá Ajaká, portanto seu sobrinho, notoriamente pessoas mortais e completamente distintas, que fazem parte da família de Sàngó, mas não tiveram a honra de tornarem-se Òrìsà, mas são ancestrais ilustres. Também no Brasil, faz-se uma cerimônia chamada de "Coroa de Dadá" ou "Adê Baiani". que a coroa é levada ritualmente em uma charola durante as festas do ciclo de Sàngó chamada de Banni ou lyamasse, que representa a mãe de Sàngó.

Ora, sabemos que quem usou este ade foi, Ajaká, apelidado de Dadá, de quem Sàngó lhe roubou o trono, e que a mãe de Sàngó foi Torosí, filha de Elémpe, rei dos Tapa, e que ela não tem nenhuma importância teológica, somente histórica, por ter sido mãe de um Aláàfin. Não estamos desmerecendo e nem tampouco desprestigiando o Òrìsà Sàngó, somente tentamos elucidar fatos notoriamente conhecidos na terra dos Yorubas, sob os aspectos histórico, através da tradição oral, e divino que se convergem e se conservam na grandiosidade de Sàngó.



Contos de Umbanda • A Pomba-Gira ou Pombajira é um Exu-fêmea

14.09.16 | Admin

 



Tal como os Exús, as Pombas-Giras são espíritos em evolução, que já viveram entre os humanos, e que aprendem sobre a vida através de nossa própria vida, enquanto aguardam a sua vez de reencarnar. Os espíritos mais evoluídos são chamados por outro nome. Assim a Pomba-Gira passa a ser chamada de Lebará. Zaira Male era uma bruxa, que fundou a sociedade “Mulheres de Cabaré Damas da Noite”, local onde as mulheres da “noite” se reuniam, recebiam os homens a quem davam prazer, mas não só. Esse local permitia-lhes reunir-se para aprender a magia, encantos e feitiços, para conseguir obter dos homens tudo o que queriam. Zaira Male transmitiu ás suas aprendizes o culto ás outras que morressem. Assim nasceu o culto da Pomba-Gira.

As antigas, as anciãs incorporavam no corpo das mulheres novas com capacidades mediúnicas para as receber, e transmitir as suas mensagens. Essas mensagens podem ser das mais variadas, no entanto o objectivo principal é o conhecimento da magia e dos encantamentos, que permitirá ás mulheres saber como conquistar o homem amado. As Pombas-Giras são Exús fêmeas ligadas á sexualidade e á magia, tendo várias áreas de domínio: amor, sexo, sentimentos.

As Pombas-Giras têm um nome cabalístico: KLÉPOTH. E cada uma atende por um nome diferente: rainha das 7 catacumbas, Maria Padilha… Maria Padilha é uma das principais entidades da Umbanda e do Candomblé, da linha da esquerda, sendo também conhecida por Dona Maria Padilha, e considerada a Rainha das Pombas-Giras. É a Rainha do Reino da Lira, Rainha das Marias. É a mulher de Exu Rei das 7 Liras, ou Exu Lúcifer, como é conhecido nas Kimbandas.

Ela é vista como o espírito de uma mulher muito bonita e sedutora, que em vida teria sido uma fina prostituta ou cortesã influente. Maria Padilha é uma Pomba-Gira poderosa capaz de auxiliar em problemas de amor, saúde, afastar indesejáveis, desmanchar feitiços.

As mulheres que trabalham com esta entidade têm uma personalidade muito forte e são geralmente extremamente sensuais e atraentes. Amam como ninguém, mas se forem traídas facilmente odeiam seus parceiros amorosos. Maria Padilha é a protectora das prostitutas. Gosta do luxo e do sexo. Suas roupas são geralmente vermelhas e pretas, usa uma rosa nos seus longos cabelos negros. É uma Pomba-Gira que gosta de festas e dança. Os seus dons: dom do encantamento de amor. As suas oferendas são: cigarros, champanhe, rosas vermelhas em número ímpar, jóias, cosméticos, espelhos, mel, licor de anis.

Os seus trabalhos são geralmente despachados em encruzilhadas em “T”. Os sacrifícios a oferecer-lhe: galinha vermelha, cabra, pata preta. A saudação a Exú: Laroyê, Exu! (“Salve, Exu!”) Maria Padilha, tem vários nomes: Maria Padilha Rainha dos 7 Cruzeiros da Kalunga; Maria Padilha Rainha das 7 Encruzilhadas; Maria Padilha Rainha dos Infernos; Maria Padilha Rainha das Almas; Maria Padilha das Portas do Cabaré; Maria Padilha Rainha das 7 facas; Maria Padilha Rainha da Figueira… O maior segredo para pedir e obter o que pedir para Maria Padilha, está na fé nela e no respeito por ela.



Contos de Umbanda • Maria Padilha, Rainha do Inferno!

13.09.16 | Admin

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Nome que significa Rainha do Fogo, Maria Padilha já teve várias encarnações na Terra, e a última delas foi em Ilhéus na Bahia. Nesta sua última encarnação, ela era uma espanhola que veio para o Brasil morar em Ilhéus na Bahia e foi morta na porta de um cabaré. Todos os homens que ela teve, em cada uma das encarnações, num total de sete, estão com ela na espiritualidade.

Entre mitos mais variantes que revelam alguma qualidade a característica especial desta mulher, o que servirá nos terreiros como apoio é o segundo nome que acompanhará o primeiro. Recebe outros apoios que alguns podem pensar que se trata de outra Pomba gira, mas na realidade é ela: "Rainha dos Infernos", "Rainha do Candomblé", "Rainha das Marias", "Rainha das Facas", "Mulher de Lúcifer", "Rainha da Malandragem", "Rainha dos Ciganos", etc. Em cada lugar lhe dão diferentes sobrenomes, que na realidade busca elogiar a entidade e transmitir uma maior intimidade.

Pomba Gira Maria Padilha é conhecida por sua eficiência e rapidez, e está entre as mais populares das Pomba giras. Às vezes ela é chamada de "rainha sem coroa", e isso certamente se refere à Maria histórica, que era a rainha do coração de D. Pedro. Este também descreve um certo tipo de mulher, aquele que exige respeito, e cujo comportamento é real, mesmo se ela é pobre ou da classe trabalhadora. Maria também é um exemplo perfeito de como "espíritos novos" nascem: lendas cresceram em torno da mulher real, que tinha uma reputação de feiticeira, e dentro de cem anos, as bruxas em Espanha e Portugal estavam usando seu nome e chamando seu espírito para ajuda-los em suas magias.

Tem predilecção - igual ao seu principal marido, Rei das 7 Liras (Lúcifer) - pelas navalhas e armas brancas em geral, especialmente aquelas que são afiadas e pequenas, onde se deve ter muita agilidade para não ser cortado. Como toda pomba gira, possui numerosos amantes ou parceiros, com os quais pode "ajuntar-se" ou "trabalhar", sendo essa parceira que protegerá a determinada pessoa. Cabe esclarecer que nem sempre se formam os mesmos parceiros, pois os mesmos dependeram da morada onde trabalhe a Pomba Gira e o que indique o ponto riscado ou firma espiritual.

Apresenta-se sob a aparência de uma formosa mulher, de longos cabelos negros, pele morena (as vezes mais clara e as vezes mais escura), sua idade e físico variam também de acordo com o tipo de caminho ou passagem desta Pomba Gira, pois existem passagens jovens e velhas, sendo igualmente atractivas em qualquer de suas passagens, isto ocorre com todos os Exús de quimbanda, não importando a idade que apresentem, pois tem o dom da sedução.

Ela gosta de luxo, dos homens, de dinheiro, das jóias, da boa vida, dos jogos de azar, de baile e da música. É uma grande bailarina, cujos movimentos podem incluir passos das ciganas em alguns momentos, mexendo sensualmente seus braços, como quem desfruta plenamente de seduzir com o corpo em movimento. Seu porte é altivo, orgulhoso, majestoso, possui características das mulheres que não tem medo de nada. É muito requisitada para atrair amantes, abrir os caminhos, amarrar parceiras, mas principalmente é muito temida por sua frieza e seu implacável poder na questão de demandas.

Algumas das principais Pomba Giras que estão dentro de sua falange, abaixo de sua ordem são:

  • Maria Molambo
  • Maria Quitéria
  • Maria Lixeira
  • Maria das Almas
  • Maria da Praia
  • Maria Cigana
  • Maria Rosa
  • Maria Farrapos
  • Maria Baiana
  • Maria Navalha

 

 

Caminhos

 

  • Maria Padilha dos Sete Cruzeiros da Calunga
  • Maria Padilha Rainha das 7 Encruzilhadas;
  • Maria Padilha Rainha dos Infernos;
  • Maria Padilha Rainha das Almas;
  • Maria Padilha das Portas do Cabaré;
  • Maria Padilha Rainha das 7 facas ( 7 navalhas);
  • Maria Padilha Rainha da Figueira.

 

 

Bebida: Champanhe, Licor de aniz, Martini, Campari, Mel

Ebôs: Pata preta, pomba preta, cabra preta, levando fubá de milho e azeite de dendê.

Fuma: cigarros, cigarrilhas

Guia: Sua guia geralmente é contas pretas e vermelhas, O preto representando as trevas, o vermelho a guerra, algumas quando cruzadas nas almas, tem suas guias com contas

brancas, sendo as mesmas enfiadas de três em três ou de sete em sete

Lugar: Recebe os presentes, despachos e feitiços na Calunga (Cruzeiro do Cemitério), nas encruzilhadas em formas de T, ou X( dependendo a escolha do lugar, a vontade da entidade)

Ornamentos: jóias, cosméticos, espelhos

Rosas: Rosas vermelhas abertas (nunca botões) em número impar, cravos e palmas vermelhas

Símbolos: pássaro, o tridente, a lua, o sol a chave e o coração.

Vela de acordo com as cores de suas guias quando trabalham, podendo ser pretas e vermelhas, todas vermelhas e em certos casos, pretas e brancas, ou ainda, todas brancas

Pontos Cantados

Abre essa tumba quero ver tremer,Abre esse tumba quero ver balançar,(bis)Maria Padilha das Almas,O cemitério é o seu lugar.É na Calunga que a Maria Padilha moraÉ no barranco que a Maria Padilha vai girar.(bis)Maria Padilha das AlmasO cemitério é o seu lugar.Quem não me respeitarOh! Logo se afundaEu sou Maria PadilhaDos 7 cruzeiros da KalungaMoço, você conhece aquela moçaQue trabalha no escuroOlhando osso,Osso por osso,Dente por dente,Dia trás dia,Hora trás horaEla é Maria PadilhaEla é Maria Mulher,Ela trabalha na Figueira,Por ordem de Lúcifer.Caminhou por toda a TerraNa kalunga ela ficouLá na Encruza ou lá na ruaEla é …Camarada sua,Maria, Maria Padilha Ela é.Maria Padilha já chegouTrago pra Ela uma linda florFesta no Terreiro, festa no gongá,Chegou Maria Padilha para todo o mal leva.Maria Padilha,Soberana da estrada,Rainha da encruzilhada,E também do candomblé,Suprema é uma mulher,de negro,Alegria do Terreiro,Seu feitiço tem axé,Mas ela é, ela é,Ela é…A Rainha da Encruza,A mulher de Lúcifer.A Padilha não brinca,Ela não é brincadeira não,A quem mexe com ela fica malucoVira defunto e se torna caveiraE depois de caveira vira poeiraE vai morar com Exu Caveira.Maria PadilhaRainha do CandombléFirma CurimbaQue tá chegando mulher.Maria Padilha é…Rainha do CandombléMaria Padilha mora,Nas portas de um cabaré.Exu Maria PadilhaTrabalha na encruzilhadaToma conta, presta conta…No romper da madrugada.Pomba-Gira minha comadreMe proteja noite e diaTrabalhando nas encruzilhadasCom suas feitiçarias.Maria, Maria Padilha Ela é…Uma mulher faceiraQue trabalha á Meia NoiteE também a madrugada inteira.Sete rosas encarnadasVou levar para essa MariaPara afastar de mim,Toda a feitiçaria.Maria, Maria Padilha Ela é.Ela é Maria PadilhaDa sandalinha de pauEla trabalha pró bemMais ela trabalha pró malOia pombajiré, oia pombajirá, oia pombajiráDe onde é que Maria Padilha vemAonde é que Maria Padilha moraEla mora na mina de ouroOnde o galo preto cantaOnde criança não chora.O povo dos Infernos é quem vai levarLevar o que não presta pró além marExu Rei da Lira é Lúcifer!Maria Padilha…Rainha Exu mulher!Moça me dáUm cigarro do seupra eu fumarQue nem dinheiro eu tenho pra comprar(bis)Vivo sozinhoVivo na solidãoMaria Padilha me dêA sus proteçãoCemitério é praça lindaÉ lugar pra passearCemitério é praça lindaÉ lugar pra passearNuma catacumba brancaMaria Padilha mora láMora lá, mora lá,Maria Padilha mora lá,Mora lá, mora lá,Maria Padilha mora lá,Com uma rosa e uma cigarrilhaMaria Padilha já chegou,E na KalungaEla é RainhaEla trabalha com muito amorSete cruzeiros da KalungaÉ a morada dessa mulherEla é!Maria Padilha,Rainha do Candomblé…



Contos de Umbanda • Guardiãs Pomba-Gira.

12.09.16 | Admin

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Pomba-Gira é vista como um Exú feminino, um mensageiro entre este mundo e o mundo espiritual, um espírito, (que nas religiões Abraamicas do deserto seria certamente vista como um Anjo), de forte e vincada personalidade. Pomba-Gira é um espírito feminino também de luxúria, sendo que todos os prazeres e coisas deste mundo lhe são agradáveis. Muitos crentes, afirmam que Pomba-Gira não é uma entidade, mas sim um conceito que serve para identificar uma certa categoria de espíritos. Há quem também afirme que os espíritos chamados “Pomba-Gira”, são espíritos de mulheres que em vida foram amantes, prostitutas, ou simplesmente mulheres especialmente ligadas ao prazer das coisas da carne, e que morrendo se transformam em poderosas entidades espirituais.

Estes espíritos femininos, são capazes tanto de um grande mal,( desviar comportamentos sexuais, causar tentações, separar casais, concretizar cruéis vinganças, separar famílias, etc…), como de um grande bem, ( unir casais, salvar casamentos, devolver harmonia ao lar, etc…). Sendo espíritos de mulheres falecidas, essas entidades tendem a reencarnar periodicamente neste mundo. As que ainda não reencarnaram, tendem a procurar médiuns com os quais se possam relacionar e assim incorporar temporariamente.

Normalmente um espírito Pomba-Gira incorpora numa mulher, embora haja casos em que se afirma que tal sucede em homens. Afirma-se também que nesses casos, a fortíssima influência espiritual de Pomba-Gira num homem, poderá distorcer a sua orientação sexual, mas tal não se encontra provado. Afirma-se na teologia Umbanda e Quimbanda, que Pomba-Gira,( o conceito que serve para distinguir toda a linhagem de espíritos feminis), constitui na verdade uma enorme legião, subdividida em ramos distintos: existem Pombas-Giras ligadas ás Encruzilhadas, (Pomba-Gira das 7 Encruzilhadas), bem como Pombas-Giras ligada a locais ermos, (Pomba-Gira Maria Mulambo), como Pombas-Giras relacionadas com ciganos, (Pomba-Gira Cigana), como Pombas-Giras afectas ao Cemitério, (Pomba-Gira da Calunga).

No decorrer de um processo espiritual, milhares de pessoas já afirmaram ter visto os seus desejos concretizados através deste tipo de entidade, ao passo que outras viram todo o tipo de alterações milagrosas suceder na sua vida. As oferendas realizadas a Pomba-Gira são: charutos, bebidas fortes, cigarros de boa qualidade, flores vermelhas( especialmente rosas e sempre em numero impar), espelhos, jóias bonitas e brilhantes, licores , bijutaria, perfumes e tudo aquilo que um espírito feminino adora. Os locais de oferenda, variam consoante a natureza da Pomba-Gira em questão.

As Pombas-Giras são entidades espirituais de forte personalidade, pelo que jamais se poderá quebrar a palavra dada, nem violar os termos de uma instrução, nem mostrar desrespeito. Qualquer uma dessas falhas, pode resultar em trágica consequência. Contam os crentes, que em certas noites, podemos ouvi-las cantando e dançando nos locais mais inesperados, ( lugares ermos, cemitérios ), e sentir o perfume doce e feminino das suas presenças invisíveis. Nessas noites, convém afastar-se rapidamente desse local, sem olhar para traz, com todo o respeito e discrição, respeitando a intimidade dessas valorosas Exús femininas.



Contos de Umbanda • A História de Maria Mulambo.

11.09.16 | Admin

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Sua história diz que Maria Mulambo nasceu em berço de ouro, cercada de luxo. Seus pais não eram reis, mas faziam parte da corte num pequeno reinado. Maria nasceu sempre bonita e delicada. Com seus trejeitos, sempre foi chamada de princesinha, mas não o era.

Aos 15 anos, foi pedida em casamento pelo rei, para casar-se com seu filho de 40 anos. Foi um casamento sem amor (o que na altura era algo natural vivia-se mais pela conveniência). Os anos se passavam e Maria não engravidava. O reino precisava de um herdeiro ao trono. A nossa Maria amargava de dor, além de manter um casamento sem amor, ser chamada de “ árvore que não dá frutos”, e nessa época, toda a mulher que não tinha filhos era tida como amaldiçoada.

Paralelamente a isso tudo, a Maria era uma mulher que praticava a caridade o bem ao próximo, indo ela mesma aos povoados pobres do seu próprio reino, ajudar os doentes e os mais necessitados. Nessas suas idas aos locais mais pobres, ela conheceu um jovem, apenas 2 anos mais velha que ela, que havia ficado viúvo e tinha 3 filhos pequenos, dos quais cuidava com todo o seu amor. Como Maria casou sem amor, ali se apaixonou foi amor á primeira vista, de ambas as partes, só que nenhum dos 2 tinha coragem de aceitar esse amor.

O rei morreu, o príncipe foi coroado e Maria declarada rainha daquele pequeno país. O povo adorava Maria mas como não se pode agradar a toda a gente Maria tinha alguns que a viam com olhar de inveja e criticavam-na por não poder engravidar. No dia da coroação o povo mais pobre não tinha o que oferecer a sua Rainha que era tão bondosa com eles. Então fizeram um tapete de flores para que Maria.

A nossa Maria se emocionou, seu marido o Rei, morreu de inveja e ao chegar ao castelo trancou a pobre Maria no quarto e deu-lhe a primeira da muitas surras que ele lhe aplicava. Bastava ele beber um pouco e Maria sofria com suas agressões verbais, bofetadas, socos e pontapés . Mesmo magoada, Maria não parou de ir aos povoados pobres praticar a caridade. Num desses dias, o amado de Maria, ao vê-la com tantas marcas, resolveu declarar seu amor e propôs que fugissem, para viverem realmente seu grande amor. Combinaram tudo.

Os pais do seu amado tomariam conta de seus filhos até que a situação se acalmasse e ele pudesse reconstruir a família. Maria fugiu com o seu amor apenas com a roupa do corpo, deixando ouro e jóias para trás. O rei no princípio mandou procura-la mas , como não a encontrou, desistiu. Maria agora não se vestia com luxo e riquezas, agora vestia roupas humildes que, de tão usadas estavam surradas, pareciam mulambos, só que ela era feliz mesmo sem riquezas pois tinha o seu amado. Entretanto Maria engravidou.

Afinal não era “ árvore que não dava frutos”. A noticia correu todo o país e chegou aos ouvidos de rei. O rei se desesperou em saber que ele é que era uma árvore seca. A loucura tomou conta dele ao saber que era estéril e , como rei, ele achava que isso não podia acontecer. Ele tinha que limpar seu nome e sua honra. Então mandou seus guardas prenderem Maria, tal coisa não se podia espalhar pequeno reino. Pois antes Maria era acusada de não poder engravidar e afinal o problema era do rei.

Assim a Rainha passou a ser chamada de Maria Mulambo, não como deboche mas sim, pelo fato de ela agora pertencer ao povo. Ordenou aos guardas que amarrassem duas pedras pesadas aos pés de Maria e que a jogassem na parte mais funda do rio. O povo não soube de tal atrocidade cometida pelo rei, somente os guardas , só 7 dias após esse crime, ás margens do rio, no local onde Maria foi morta, começaram a nascer flores que nunca ali haviam nascido.

Os peixes do rio somente eram pescados naquele local, onde só faltavam pular fora da água. Mesmo depois de morta Maria tomava conta do seu povo para que não lhe faltasse alimento. Seu amado desconfiou e mergulhou no rio, procurando o corpo de Maria, e o encontrou. Mesmo depois de estar tantos dias mergulhado na água, o corpo estava intacto, parecia que ia voltar á vida.

Os mulambos com que Maria foi jogada ao rio sumiram. Sua roupa de Rainha. Jóias cobriam seu corpo. Velaram seu corpo inerte e, como era de costume, fizeram uma cerimónia digna de uma Rainha e cremaram seu corpo. Seu amado nunca mais se casou…



Contos de Umbanda • Exú do Lodo a sua História

10.09.16 | Admin

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Conta a história que Exú do Lodo ainda como homem entre nós era um médico pesquisador muito conhecido e com um grande nome em Amsterdão durante o sec. XVIII. Conta-se também que dado a ser um pesquisador em medicina que salvou inúmeras pessoas ricas e com cargos importantes mas pecava por outro lado pois negava tratamento a qualquer pessoa que não tivesse dinheiro.

Era uma pessoa que nunca praticava caridade a sua preocupação era se era famoso e o grau de vida que levava o seu estilo e o seu status perante as pessoas ricas. Chegou a construir 2 hospitais mas apesar da insistência de sua mãe em que ele começasse a ajudar também os pobres, em momento nenhum dispensou qualquer atenção aos doentes que não lhe dessem nenhum benefício financeiro. Continuou a ser arrogante e jogar mais pelo interesse mesmo quando sua mãe faleceu de coração.

Passado muitos anos ele veio a falecer e para sua surpresa ele acabou por ir parar as mais profundas das regiões umbralinas. Chafurdou no lodo das regiões infernais em grande sofrimento. Dado que em vida ele desperdiçou-a com o egoísmo, com interesses e mesquinharias agora estaria apagar por toda a sua vida levada entre nós. Mas após algum tempo de sofrimento sua mãe o socorreu e o levou daquelas regiões infernais e de sofrimento. Aprendendo a lição se arrependeu profundamente e reconheceu o seu erro.

Assim foi lhe dada uma segunda oportunidade para se redimir e assim voltou a reencarnar. Desta vez renasceu no Brasil, numa família indígena. Mas veio a falecer cedo, com apenas 8 anos foi mordido por uma cobra venenosa e veio a desencarnar. Mais uma vez sua mãe o socorreu e no plano espiritual retomou sua forma adulta( como era na sua 1ª vida), estudou e pediu para cumprir sua missão como médico dos espíritos imundos. Mas agora não iria reencarnar, mas assumiria a forma de um Guardião do Lodo e resgataria todos aqueles que caíssem nas ilusões (todos que caíam na lama) da vida assim como ele havia caído também.

Assim se tornou a entidade que hoje conhecemos como Exú do Lodo. O Exú do Lodo é um dos, sentinelas das almas, enviado directo de Omulo que trabalha na transmutação de energias, transformando o lado negativo em positivo. Mas o que poucos sabem é que ele está intimamente ligado a Nanã e a Iemanjá, pois sua energia telúrica se funde coma a energia aquosa. Motivo de usar a cor preta que representa a transformação.

Conta também a história que Pomba-Gira Rainha caminhando por uma trilha, defrontou-se com um enorme pântano, sujo e podre, o que lhe impediu de continuar. Enquanto decidia como fazer para atravessa-lo, apareceu à sua frente um homem de estatura média, com o perfil de um ermitão, bastante despenteado e aparentando ser anti-social. Ela se assustou bastante no início, mas ficou lisonjeada com o gesto educado daquele homem, que rapidamente retirou a sua capa e jogou para que ela pudesse passar…

A Rainha caminhou por sobre a longa capa preta e seguiu seu caminho sem olhar para trás. Atónito, fascinado pela beleza desta estranha mulher que nunca tinha visto, sentiu pela primeira vez o que, podia chamar de amor a uma criatura, pois sabia que lhe conhecia de muito tempo. Ela estarrecida diante do cavalheirismo daquele homem e sabendo a dificuldade que era ser um Guardião daquele local, ficou a pensar como poderia recompensa-lo pelo seu esforço, educação e como poderia melhorar a sua vida.

Ele, um ser nobre, cuida de quem chega a esse charco, ajuda a superar os obstáculos, mesmo com as dificuldades faz seu trabalho sem soluçar. Possui sim uma figura curva, mal cheirosa, bruta, mas é humilde e cortes. Foi diante do pedido da Pomba-Gira Rainha e devido a seus esforços, por sua abnegada dedicação à missão que lhe tinha sido encomendada e pelo respeito a Pomba-Gira Rainha, a qual pertencia pelo amor ao seu Rei, foi premiado. Foi assim, em uma noite escura e chuvosa que ele foi condecorado e tornou-se um Exú Chefe de Falange, um Exú Coroado.

A Pomba-Gira Rainha, sentiu-se feliz com o que aconteceu e deu-lhe um lenço perfumado com seu aroma, e solicitou que guardasse suas lágrimas, e depois, ao retomar para seu local, jogasse-o no meio do pântano. Ele se sentia feliz com o mérito, mas já não mais queria viver cuidando das profundezas que vivia, foi então que cabisbaixo atendeu o pedido de seu amor platónico e jogou o lenço a lama. A lua cobriu o local, uma luz prateada tomou conta e deu-se início a primeira planta, os primeiros botões de rosas. As quais crescem pelo local quando existe algum amor das criaturas levadas para lá.

Desde então ele percebeu que sempre teria sua amada presente e apoiando seu trabalho, mesmo que esse amor não pudesse ser correspondido devia seguir com o seu trabalho árduo, e assim o faz constantemente, cuidando de seu sombrio local e vindo na umbanda ajudar a quem precisa, fazendo o bem, pois como ele mesmo diz: se fizer coisas ruins ele além de punido, poderá regredir e isso, ele não deseja.



Contos de Umbanda • A História de Exú Veludo!

08.09.16 | Admin

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Homem rico, bonito, alto, chegado a bebida e ao carteado, apaixonou-se por uma mulher casada, após o jogo de cartas encontrava-se com ela ás escondidas um dia foram surpreendidos e assassinados, pelo marido traído. Pouco há sobre a entidade de exú veludo. Mas o pouco que sei tentarei vos passar. Decidi escrever sobre este exú porque há bem pouco tempo o hugo ficou a saber que teria este exú consigo. Então vamos lá desmistificar esta entidade.

A HISTÓRIA DE EXÚ VELUDO!

Exú Veludo pertence á linha das Encruzilhadas. É assistente imediato do Exú Rei das 7 Encruzilhadas. Obedece a Ogum. Seu ponto de força é no lado direito da margem do rioem relação ao pôr do sol… Recebe oferendas de trabalho na beira da água, tanto doce como salgada. Sua forma astral é na forma de um cavalheiro ricamente vestido, aparecendo entretanto como característica dissonante de sua personalidade. Veste-se elegantemente de vermelho e preto, também com capa nessa cor. Bebe todos os tipos de bebida finas e fortes e fuma charutos de boa qualidade.

A origem do nome é bem antiga, do tempo em que as pessoas de fala mansa, calma, tranquila, eram lembradas como:” tal pessoa é um veludo no falar”. Portanto, a onomatopeia da voz desse Exú se confunde com uma qualidade de voz aveludada. Onde incorpora um Exú Veludo, fatalmente incorpora também o Exú dos Rios, possuindo ambos identidade e apresentação quase idênticas apesar de ser “um veludo” no falar, é uma entidade muito forte. Protege por demais os seus médiuns, e exige muito deles para a manutenção dessa ligação médium /Exú Veludo.

Este Exú, vem das costas orientais da África, era Swahii (Negro Arabizado). Usa um turbante na cabeça, e lindos tecidos de veludo trazidos de oriente, que lhe valeram o apelido na Quimbanda de “ Veludo” dado a sua forma luxuosa de se vestir, no estilo muçulmano, muitos que viram seu tipo de apresentação através da mediunidade , o confundiram com um cigano e o associaram com os mesmos. Isto não significa que não trabalhe com os ciganos, ao contrário, tem inclusive uma passagem ou caminho que se apresenta como um. Tem muitos conhecimentos sobre feitiços que se fazem utilizando panos, tigelas, agulhas, pembas e outros ingredientes. Abre os caminhos e limpa trabalhos negativos feitos nos cemitérios. Gosta de um whisky e charutos grossos.

ALGUNS DE SEUS CAMINHOS SÃO:

  • Exú Veludo da Meia Noite
  • Exú Veludo Cigano
  • Exú Veludo 7 Encruzilhadas
  • Exú Veludo Menino(Veludinho)
  • Exú Veludo dos 7 Cruzeiros
  • Exú Veludo das Almas
  • Exú Veludo dos Infernos
  • Exú Veludo da Calunga
  • Exú Veludo da Praia
  • Exú Veludo do Oriente
  • Exú Veludo Sigatana
  • Exú Veludo do Lixo

 

 

ORAÇÃO A EXÚ VELUDO

Meu amigo, meu enigma, minha curiosidade!Por vezes estamos num dialogo amistoso de verdadeiras descobertas, entretanto, um de nós é perdedor-eu.Cavaleiro imperioso e requintado, te apresentas aos meus olhos, alegre, forte, másculo, com sorriso franco, sarcástico e, por vezes, com uma irónica maldade, rápida e sagaz.Desvendas as misteriosas cortinas do mundo, és actuante em todas as situações.Tira de mim a inércia, o desânimo, e fazes com que eu veja o mundo, aqui deste lado da terra, bem melhor.Na presença de tua vibração, escuto as melodias tangerem até mesmo as cordas do meu coração, dás-me a energia para a luta e envolves-me em tua capa contra os perigosos inimigos.Com teu sabre, agilmente corta os obstáculos com tua sabedoria, ceifas minha ingenuidade.SARAVÁ EXÚ VELUDO!

Deixo-vos ainda também como primeira vez também. Pois não tenho vindo a escrever sobre as oferendas e como se fazer também então deixo-vos com um presente da minha parte.

OFERENDA A EXÚ VELUDO

 

  • 1/2 metro de pano de veludo preto
  • 1 charuto
  • 1 alguidar
  • 7 qualidades de frutas
  • 1 copo virgem
  • 1 cravo vermelho
  • 7 moedas correntes
  • 1 garrafa de bebida destilada fina
  • 1 baralho de cartas
  • 1 vela vermelha e preta

 

 

MODO DE PREPARAÇÃO

Forre o chão, na beira de um rio ou mar, com o pano de veludo, passe as frutas no corpo e coloque no alguidar passe as moedas no corpo e coloque por cima das frutas, coloque o cravo acenda o charuto e dê 3 tragadas e faça os seus pedidos.

Coloque o charuto no alguidar, abra a garrafa coloque um pouco na boca e sopre em cima da oferenda para que fique seu dna na oferenda sempre fazendo os pedidos coloque no copo chame por ele pedindo para que ele venha beber e comer, coloque o baralho por cima do pano e acenda a vela.

Faça seus pedidos com fé.

Esta oferenda pode ser feita numa terça-feira a partir das 6 horas.



Como cancelar o Karma seguindo o método de purificação dos 35 Budas Confessionais

02.09.16 | Admin

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O artigo de hoje que marca a minha despedida provisória desta página (para quem ainda não sabe vou me retirar por uns tempos do meio esotérico para recarregar energias), vem falar de uma coisa que todos vivenciamos - o Karma, ou a A Lei de Causa e Efeito. Não obstante, deixo a pagina nas mãos da minha colaboradora Andreia Perez que irá continuar os artigos relacionados com a umbanda, os exus, os orixás, etc... Da minha parte espero voltar deste retiro, mais calmo, com mais tempo para poder dedicar-me ao que gosto, e com uma visão mais clara do mundo que vivemos. Mas sem mais demoras vamos lá ao nosso artigo...

 

Como cancelar o Karma seguindo o método de purificação dos 35 Budas Confessionais, por Miguel Skyclad

 

A Lei de Causa e Efeito

Embora o karma (A Lei de Causa e Efeito) seja considerado por muitos o principal dos ensinamentos de Buda, o mesmo não inventou a doutrina do karma, mas sim apenas a ensinou com base nas suas próprias observações de forma semelhante à forma que Isaac Newton descobriu a gravidade, observando os efeitos que a gravidade tivera em uma maçã cair de uma árvore.Para a maioria das pessoas, os efeitos do karma pode ser percebido e compreendido através de "lógica inferencial" ou observações com base na razão. Um exemplo simples de lógica inferencial é quando vemos fumo no horizonte. A partir disso, podemos deduzir que há um incêndio, embora possa ser longe demais para o vermos. Da mesma forma, quando vemos a desigualdade neste mundo.

 

Algumas pessoas a nascerem em pura pobreza, enquanto outras em colo de luxo, como tal podemos deduzir que existem fatores que levam a este resultado. Esse fator é karma. As circunstâncias diferentes que as pessoas nascem são devido ao amadurecimento de diferentes karmas de vidas anteriores. Se olharmos para isso objetivamente, veremos que o raciocínio do karma é uma atraente e pode efetivamente explicar por que passam por diferentes tipos de experiências.

 

A prática do método dos 35 Budas Confessionais

Ao contrário do que as pessoas pensam, Buda Shakyamuni não inventou a doutrina do karma, mas chegou à conclusão de que ele existe e de como ele funciona. A fim de ajudar os seres superar o sofrimento causado pelo karma, Buda Shakyamuni ensinou que o Dharma é o método para purificar karma negativo. Um desses métodos poderosos de purificação é a prática dos 35 Budas Confessionais.Karma no antigo sânscrito significa as ações ou atos de nosso corpo, fala e mente. Por outro lado, os efeitos do karma são chamados vipaka ou o amadurecimento ou maturação do karma, que vem de volta para nós através dos resultados e efeitos que nós experimentamos. Há muitos fatores por trás de cada uma de nossas ações que determina as suas consequências, sendo o mais importante desses fatores sobre a consequência de nossas ações é a nossa intenção.

 

A intenção ou motivação por trás de nossas ações é um assunto que é muito discutido nos ensinamentos budistas, em suma, este é exatamente o ponto que pode transformar nossas vidas ao redor. A intenção também determina se a ação vai ser positiva, negativa ou se será adicionada à nossa loja de méritos necessários para a realização da iluminação.Neste ponto, é importante entender a distinção entre karma e mérito. Karma é constituído por ações negativas ou positivas, comuns, que surgiram a partir da mente egoísta e são motivadas direta ou indiretamente no sentido de o benefício de um. Como resultado, o karma é finito e pode, eventualmente, ser esgotado, especialmente por meio de práticas de purificação. Por outro lado, méritos são ações virtuosas que são dedicadas com uma intenção altruísta e para com a iluminação.Portanto, os resultados de mérito não podem ser esgotados e acabarão por levar um ser para a iluminação completa. Embora mérito não pode ser esgotado, pode ser esmagado pela enorme quantidade de nosso karma negativo, o que torna difícil para nós beneficiar dele. Isto mostra-nos o quão importante as práticas de purificação são para impedir que os nossos méritos sejam oprimidos.Por outro lado, a lei de causa e efeito (karma-vipaka) tem um vínculo indissolúvel com as nossas vidas passadas e futuras. Na verdade, a acumulação de karma em cada vida determina o nosso próximo renascimento (conhecido como lançar karma) e as circunstâncias de vidas futuras (conhecido como completando karma).

 

Assim, podemos razoavelmente interpretar como as nossas vidas anteriores podem ter sido ao olhar para as circunstâncias da nossa vida atual e ao olhar para os interesses que temos. Por exemplo, uma vida de pobreza é um resultado direto da avareza e assim como ter má saúde nesta vida é devido ao danos feitos a outros seres em vidas anteriores. Assim, os resultados sempre se parecem com as causas.Karma também tem um forte efeito sobre nossas mentes e a nossa forma de operar. Infelizmente para nós, karma negativo multiplica-se ao longo do tempo devido a nossas ações predominantemente egoístas. Portanto, as pessoas que estão imbuídas de toda espécie de aflições emocionais e psicológicos como a agressão, a ganância, a depressão e assim por diante, vai levar a mais confusão e conflito aumentando a nossa sensação de insatisfação e infelicidade.

 

A nossa principal fonte de dor e sofrimento, na verdade, decorre da mente e nossa visão da vida. Se reduzirmos os fatores prejudiciais mentais (por exemplo, projeções, expectativas e aflições mentais), a paz de espírito, o contentamento e a felicidade surgirão.

 

Prática confessional

No budismo a realização de votos é uma prática importante. Existem três principais conjuntos de votos: os votos Pratimoksha de um leigo, monge ou monja, os votos Bodissatva, e os votos Tântrico, para aqueles com maior iniciação tântrica. Esses votos juntamente com os compromissos e a abstenção de cometer ações prejudiciais constituem a base de uma prática efetiva que dá frutos levando a realizações espirituais.Mantendo nosso compromisso de defender os nossos votos é um componente integral da prática. Portanto, é importante para purificar o karma negativo e impressões que se obtêm a partir de nossas transgressões, confessando-os e prometendo não repetir essas quedas novamente. Desta forma, podemos reduzir ou eliminar completamente a força de impressões negativas de ações negativas anteriores.

 

O principal componente de purificação é a confissão, que é expor transgressões e colocá-las nuas. Daí em Tibetano, a confissão é chamado Shakpa ou "colocando-a nua". Na prática budista, mantendo nossas transgressões em segredo torna difícil para purificar e os efeitos negativos da má ação vão continuar. Assim, expondo nossas falhas é o que a confissão é toda sobre; honestidade e transparência em todas as situações é a essência da prática budista.Para que a confissão comece a verdadeiramente purificar o crime, ela deve ser feita de acordo com os quatro poderes adversários. O primeiro dos poderes adversário é o do Pesar. O poder do arrependimento é ativado quando vemos verdadeiramente as falhas de nossas transgressões e percebemos que elas vão resultar em consequências negativas. Quando fazemos isso, estamos cheio de remorso. O segundo poder oponente é o da Dependência de um objeto digno de refúgio, neste caso, os 35 Budas Confessionais.

 

Cada um destes Budas é perfeitamente iluminado, e, portanto, qualquer oração, prostração, a oferta ou a confissão de que lhes é oferecida irá resultar na purificação e da recolha de mérito.O terceiro poder adversário é a Determinação de não repetir a queda ou delito. Isto segue a compreensão das falhas de nossa queda e que levar a repercussões negativas pesadas. Por isso, fazemos uma firme resolução de não repetir a queda. Isso leva ao quarto e último poder adversário que é o da aplicação do Remédio ou contrariar as medidas para purificar o karma. Este poder não é a penitência cega pelos erros que fizemos, mas sim os remédios que são aplicados com o entendimento da lei de causa e efeito, com o objetivo de contrariar as tendências negativas do karma que está sendo purificado.A prática de prostrar ou recitação do Mahayana Sutra dos Três Montes Superiores contém o 'remédio' e componentes "refúgio", e, portanto, se for feito com pesar sincero e firme determinação de não repetir a transgressão, torna-se uma medida muito potente na neutralização do karma negativo que foi acumulado.

 

Os 35 Budas Confessionais

Na edição tibetana do Mahayana Sutra dos Três Montes Superiores, o termo Dezhin Shegpa (Tathagata ou 'Um, assim, ido") foi adicionado como um título honorífico antes dos nomes de cada um todos os 35 Budas Confessionais.

 

Essa inclusão foi feita por Je Tsongkhapa depois de experimentar uma visão dos 35 Budas Confessionais sem suas cabeças. Após a elogiá-los no entanto, com o título honorífico "Dezhin Shegpa 'suas cabeças apareceram milagrosamente. Desde então, a tradição foi iniciada por Je Tsongkhapa a recitar os nomes precedidos pelo título honorífico Dezhin Shegpa.A prática dos 35 Confessional Budas como contido dentro do Mahayana Sutra dos Três Montes Superiores é uma prática confessional.Há duas formas de confissão, a confissão final e relativa. A confissão final ou maior é a meditação sobre a falta de existência inerente de todos os fenómenos. A confissão relativa ou menor é a aplicação dos quatro poderes oponentes combinados com prostração e / ou outras práticas, embora reconhecendo a natureza ilusória da realidade.Visualização

Embora existam várias maneiras de se envolver na visualização dos 35 Budas Confessionais, estão todas centradas em torno de Buda Shakyamuni como figura principal. A visualização seguinte é ensinada por Lama Zopa Rinpoche.Primeiro começa-se a visualizar Buda Shakyamuni ligeiramente acima se como figura central. Ele está sentado de pernas cruzadas em uma postura de diamante, num trono pérola branca em cima de um elefante. Visualize Buda Shakyamuni vestindo as vestes cor de açafrão de um monge completamente ordenado. A mão direita está tocando a terra e a sua mão esquerda está embalando uma tigela cheia de néctar da sabedoria. Do seu coração, emanam, 10 para cima e 10 para baixo, 7 para à esquerda e mais 7 para a direita, raios de luz. No final de cada raio de luz emana um trono pérola branca em cima de um elefante.A pérola branca simboliza a purificação completa de nossas ações negativas. Por outro lado, o elefante que suporta o trono é considerado o mais forte dos animais e também simboliza grande purificação de negatividades. Em cada trono senta-se um Buda a fazer o respetivo gesto com a mão de cada Buda sagrado, um néctar de luz radiante brilha e purifica o seu corpo, fala e mente dos vários karmas negativos da mesma maneira que a luz dissipa a escuridão.

 

Desta maneira, depois de visualizar os 35 Budas Confessionais, prostrados três vezes enquanto recitando o seguinte mantra:

 

OM NAMO MANJUSHRIYENAMO SUSRIYENAMO UTTAMASRIYE SVAHA

 

Este mantra vai aumentar muito os benefícios das suas prostrações. Então, você pode começar a recitar o Mahayana Sutra dos Três Montes Superiores enquanto continua a prostrar. Se você ainda não memorizou o texto inteiro, você pode ler o texto uma vez e, em seguida, começar a prostração ao repetir os nomes dos 35 Budas Confessionais. Após a conclusão das prostrações, você pode recitar o texto inteiro mais uma vez.Esta purificação do karma negativo é especialmente eficaz se for feito no início da manhã e pouco antes de ir dormir à noite. É a maneira mais eficaz de fazer esta vida significativa ao se envolver nesta purificação suprema. Com esta prática, pode-se purificar enormes quantidades de karma negativo sem experimentar os resultados do mesmo, ou reduzir o impacto dos resultados e escorar uma tremenda quantidade de méritos para alcançar rapidamente realização. Portanto, o valor de tal prática está além dos itens mais preciosos deste mundo.O Mahayana Sutra dos Três Montes Superiores

Pode-se combinar o seguinte recitação com a de "Refúgio, Gerando Bodhichitta, Guru Yoga de Lama Tsongkhapa" e os versos que oferecem chá e mantra para solicitar o grande Dharma Protetor Dorje Shugden e a recitação de Dedicação Geral no final.

 

A 35 Confessional oração Buddha Texto Homenagem a Confissão de Moral da Queda do Bodhisattva.

 

Eu, cujo nome é [diga o seu nome, neste momento], em todas as vezes ir para o refúgio ao Guru, ir para o refúgio ao Buddha, ir para o refúgio ao Dharma, ir para o refúgio ao Sangha.

 

A família Vajra de Akshobhya (de cor azul)1. Ao Professor, Abençoado, Tathagata, Destruidor de Inimigos, Buda Completamente Aperfeiçoado, Conquistador Glorioso Shakyamuni, Eu me prostro.2. Ao Tathagata, Dominador Completo com a Essência da Vajra, Eu me prostro.3. Ao Tathagata, Joia da Luz Radiante, Eu me prostro.4. Ao Tathagata, Rei Poderoso dos Nagas, Eu me prostro.5. Ao Tathagata, Líder dos Heróis, Eu me prostro.6. Ao Tathagata, Prazer Glorioso, Eu me prostro.7. Ao athagata, Joia de Fogo, Eu me prostro.

 

A família Tathagata de Vairochana (na cor branca)8. Ao Tathagata, Joia do Luar, Eu me prostro.9. Ao Tathagata, Contemplação Significativa, Eu me prostro.10. Ao Tathagata, Joia da Lua, Eu me prostro.11. Ao Tathagata, Inoxidável, Eu me prostro.12. Ao Tathagata, Dotado de Glória, Eu me prostro.13. Ao Tathagata, Puro, Eu me prostro.14. Ao Tathagata, Transformando com Pureza, Eu me prostro.

 

A família Ratna de Ratnasambhava (de cor amarela)15. Ao Tathagata, Divindade de Agua, Eu me prostro.16. Ao Tathagata, Deus das Divindades Aquáticas, Eu me prostro.17. Ao Tathagata, Excelência Gloriosa, Eu me prostro.18. Ao Tathagata, Sândalo Glorioso, Eu me prostro.19. Ao Tathagata, Esplendor sem fim, Eu me prostro.20. Ao Tathagata, Luz Gloriosa, Eu me prostro.21. Ao Tathagata, Glorioso sem Amargura, Eu me prostro.

 

A família Lotus de Amitabha (vermelho)22. Ao Tathagata, Filho sem Ânsia, Eu me prostro.23. Ao Tathagata, Flor Gloriosa, Eu me prostro.24. Ao Tathagata, Claramente Sabendo Através do Beneficio do Esplendor Puro, Eu me prostro.25. Ao Tathagata, Claramente Sabendo através do Beneficio do Lotus do Esplendor, Eu me prostro.26. Ao Tathagata, Riqueza gloriosa, Eu me prostro.27. Ao Tathagata, Gloriosa Atenção Consciente, Eu me prostro.28. Ao Tathagata, Nome Glorioso de Grande Renome, Eu me prostro.

 

A família Karma de Amoghasiddhi (de cor verde)29. Ao Tathagata, Rei da Bandeira da Vitória, Cabeça dos Poderosos, Eu me prostro.30. Ao Tathagata, Glorioso Subjugador Completo, Eu me prostro.31. Ao Tathagata, Grande Vitória na Batalha, Eu me prostro.32. Ao Tathagata, Glorioso Subjugador Completo Ultrapassado, Eu me prostro.33. Ao Tathagata, Matriz Gloriosa Iluminando Todos, Eu me prostro.34. Ao Tathagata, Joia de Lotus Grande Subjugador, Eu me prostro.35. Ao Tathagata, Destruidor de Inimigos, Buda Completamente Perfeito, Rei do Monte Meru Firmemente Assente em uma Joia e uma Flor de Lótus, Eu me prostro.

 

O Tudo, vocês Tathagatas e todos os outros, no entanto muitos Tathagatas, Destruidores de Inimigos, Budas completamente perfeitos, Abençoados lá habitam e permanecem em todos os reinos do mundo das dez direções, todos os Budas, os Abençoados, por favor escute-me.

 

Nesta vida e em todas as minhas vidas desde o tempo sem principio, em todos os meus locais de renascimento vagando no Samsara, Eu fiz ações negativas, eu as ordenei para serem feitas, e regozijei-me por terem sido feitas.

 

Eu roubei a propriedade das bases da oferta, a propriedade de Sangha, e propriedade dos Sanghas das dez direções, Eu ordenei que fossem roubadas, e regozijei-me por terem sido roubadas. Cometi as cinco ações hediondas sem fim, dei ordem para serem cometidas e regozijei-me por terem sido cometidas. Eu envolvi-me por completo no caminho das dez ações não-virtuosas, ordene outros a praticá-las, e regozijei-me no engajamento disso.

 

Sendo obstruído por tais obstruções Karmicas, Eu me tornarei um ser infernal, ou eu deverei nascer como um animal, ou eu irei para a terra dos fantasmas famintos, ou eu deverei nascer como um bárbaro num país sem religião, ou eu deverei nascer como um deus com longa vida, ou eu vier com os sentidos incompletos, ou eu vier a ter pontos de vista errados, ou não terei oportunidade de agradar a um Buda.

 

Todas essas obstruções karmicas Eu declaro na presença dos Budas, os Abençoados, que se tornaram válidos, que veem com sua sabedoria. Confesso sem omitir ou esconder nada, e de agora em diante Eu vou evitar e absterir-me de tais ações.

 

Todos vocês Budas, os Abençoados, por favor escutem-me.

 

Nesta vida e em todas as minhas vidas anteriores desde o tempo sem principio, em todos os meus locais de renascimento, enquanto vagando no Samsara, qualquer raiz de virtude que exista na minha doação aos outros, mesmo que seja um pedaço de comida para um nascido como um animal;

 

Seja qual for a raiz da virtude que exista na minha manutenção da disciplina moral;Seja qual for a raiz da virtude que exista nas minhas ações conducentes a grande libertação;Seja qual for a raiz da virtude que exista na minha ação para amadurecer plenamente como ser consciente;Seja qual for a raiz da virtude que exista na minha gerando uma mente suprema da iluminação;

 

E seja qual for raiz de virtude que existe na minha insuperável sabedoria exaltada; todos eles montados, recolhidas e reunidas, dedicando-vos inteiramente para o insuperável, para o que não há mais elevada, para o que é ainda mais elevada do que o alto, a fim de que o que ultrapassa a insuperável, Eu dedico-me totalmente à insuperavelmente perfeita e completa iluminação.

 

Assim como os Budas, os Abençoados do passado, dedicaram plenamente, assim como os Budas, os Abençoados que estão ainda por vir, vão se dedicar totalmente, e assim como os Budas, os Abençoados que estão a viver agora, dedicam-se totalmente, assim também Eu também me dedicarei totalmente.

 

Confesso individualmente todas as ações negativas. Alegro-me com todo o mérito. Rogo e solicito todos os Budas.

 

Podendo Eu alcançar a sagrada, suprema, incomparável sabedoria exaltada.Quem quer que sejam os conquistadores, os seres supremos que vivem agora, os do passado, e também aqueles que ainda estão por vir, com um oceano infinito de louvor para todas as vossas boas qualidades, com as minhas palmas das mãos juntas, eu vou para perto de vocês em busca de refúgio.

 

Isto conclui o Mahayana Sutra intitulado "Sutra dos Três Pilhas Superiores".

 

Conclusão

A prática dos 35 Budas Confessionais é uma das formas mais populares e perenes de práticas de purificação. É uma prática popularizada por grandes figuras espirituais como Lama Tsongkhapa, que se envolveram num extenso retiro de prostração dos 35 Budas Confessionais, a fim de purificar e ganhar uma compreensão mais profunda dos ensinamentos. A prática dos 35 Budas Confessionais é considerada uma das formas mais potentes de purificação disponíveis para profissionais não-tântricos.Para a prática dos 35 Budas Confessionais para ser eficaz, ela tem de ser feito firmemente com os quatro poderes oponentes, juntamente com a visualização de acompanhamento.

 

Se isso for feito com os Poderes oponentes, você não está apenas purificar o problema sintomático de algumas transgressões, mas você está a purificar a raiz do problema em si, que é a mente egoísta. É a mente egoísta que alimenta as nossas aflições negativas.

 

Assim, os 35 Budas Confessionais é uma prática muito poderosa para diminuir os efeitos das aflições mentais prejudiciais como a ignorância, o ódio e o desejo, permitindo assim o florescimento das realizações espirituais.Assim, 100.000 prostrações aos 35 Budas Confessionais é uma das práticas preliminares (ngondro) na preparação para receber mais elevadas iniciações tântricas.

 

Isto é para purificar karma negativo, o máximo possível, e ao mesmo tempo acumular o máximo de mérito de modo a um ficar qualificado para receber uma maior iniciação tântrica, como Vajrayogini, pois com isso as realizações surgem rapidamente.